Ministério do Ensino Superior realiza 1.ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo

Evento abordou treze temas estratégicos e marcou a estreia do uso de Inteligência Artificial na recolha de contributos

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) realizou, no dia 21 de Outubro, no Hotel Epic Sana, em Luanda, a sua 1.ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo, com o objectivo de recolher contribuições sobre a implementação das políticas e estratégias de desenvolvimento do ensino superior e da investigação científica, reforçando a eficácia e o impacto social do sector.

O encontro foi presidido pelo ministro Albano Vicente Lopes Ferreira, que, na abertura, destacou que o Conselho Consultivo constitui “o mais alto fórum de reflexão e concertação interna do sector”.

“É o espaço onde avaliamos o caminho percorrido, discutimos os desafios emergentes e projectamos, de forma integrada, as prioridades do ensino superior, da ciência, da tecnologia e da inovação em Angola”, afirmou.

Segundo o titular do MESCTI, o grande desafio é consolidar o sistema de ensino como motor da diversificação económica, com universidades e institutos capazes de formar profissionais competentes, investigadores comprometidos e empreendedores inovadores.

“Precisamos de garantir que a ciência e a inovação deixem de ser conceitos abstractos e passem a ser instrumentos tangíveis de progresso, nas empresas, nas comunidades e nas políticas públicas”, acrescentou.

Uma das novidades apresentadas nesta reunião foi a integração de uma plataforma de Inteligência Artificial, destinada a recolher e sistematizar, em tempo real, as contribuições dos participantes. “É uma demonstração prática de que somos, efectivamente, o Ministério da Inovação”, sublinhou Albano Vicente Ferreira.

Durante o encontro, foram debatidos treze temas estratégicos, incluindo a qualidade e acreditação do ensino superior, a investigação científica, a digitalização, a cooperação internacional e a sustentabilidade institucional.

As principais conclusões apontam para a necessidade de reformar os modelos de financiamento e governação, fortalecer a ligação entre academia e sector produtivo, acelerar a adequação curricular, implementar a nova política de ciência e inovação com foco ético, valorizar os recursos humanos e promover a equidade de género no sector.

O Conselho contou com a participação de deputados à Assembleia Nacional, vice-governadores provinciais, representantes de diversos ministérios, instituições de ensino superior e investigação científica, ordens profissionais, redes académicas e associações estudantis.

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