Ensino superior angolano ultrapassa 335 mil estudantes, mas enfrenta desafios de qualidade e diversificação

Ministro Albano Vicente defende maior equilíbrio entre formações técnicas e humanísticas na abertura do ano académico 2025–2026

Imagem: Estudantes sentados em uma sala de aulas

O ministro do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Albano Vicente Lopes Ferreira, anunciou que o ensino superior angolano conta actualmente com uma população estudantil estimada em 335.845 estudantes, dos quais 332 mil estão na graduação e 3.845 na pós-graduação.

O governante revelou ainda que cerca de 66,7% (224 mil) estão matriculados em cursos das áreas de Ciências Sociais e Humanas, enquanto apenas 33,3% (112 mil) estão nas Ciências Exactas, Tecnológicas e da Saúde, uma tendência que o Ministério considera necessário equilibrar, com maior incentivo às formações técnicas, tecnológicas e científicas.

Desafios de equilíbrio e modernização

No seu discurso, Albano Vicente destacou a necessidade de diversificar a oferta formativa, com maior aposta em engenharias, tecnologias e ciências aplicadas, de forma a alinhar o ensino superior às metas de industrialização, inovação e desenvolvimento económico sustentável.

“É fundamental que as universidades formem quadros capazes de responder aos desafios reais do País, integrando o conhecimento científico com a prática e com as exigências do mercado de trabalho”, afirmou o ministro.

O governante defendeu ainda que o sector deve consolidar a qualidade e a empregabilidade dos diplomados, apostando na investigação científica e no reforço da cooperação entre a academia e o tecido empresarial.

Prioridades do ano académico

Entre as prioridades para o novo ano académico, o MESCTI pretende acelerar a acreditação e reavaliação de cursos, expandir o uso de plataformas digitais no processo de gestão académica e fortalecer a ligação entre o ensino e a inovação tecnológica.

O ministério reitera que os projectos em curso, como o Sistema Integrado de Serviços e Informações do Ensino Superior (SISIES) e o Cartão Nacional de Estudante Universitário (CEU), simbolizam o compromisso com a modernização e transparência do sistema de ensino.

Rumo a um ensino superior mais inclusivo e produtivo

Para Albano Vicente Ferreira, o futuro do ensino superior passa por um modelo mais equilibrado, digital e produtivo, em que o conhecimento académico gere soluções concretas para os problemas sociais e económicos do País.

“Temos uma população estudantil em crescimento, e com ela a responsabilidade de garantir que cada estudante encontre na universidade não apenas um espaço de formação, mas também um instrumento de transformação social”, concluiu o ministro.

Comentários

  1. Gostaria de saber que instituição realizou esses estudos estatísticos?
    Qual foi a amostragem? Onde posso ver todos os resultados na íntegra?

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