Relatórios académicos da UCAN expõem graves fragilidades da governação em Angola

Dois relatórios publicados pela Universidade Católica de Angola expõem as percepções dos cidadãos sobre eleições e governação no período pós-eleitoral. Os documentos resultam de inquéritos nacionais realizados em todas as províncias do país

A Universidade Católica de Angola (UCAN), através do Laboratório de Ciências Sociais e Humanidades, apresentou os relatórios “Corrigindo o que está mal, melhorando o que está certo: Monitorar a Governação em Angola”, volumes I e II, resultado de inquéritos nacionais realizados entre 2017 e 2018.

O trabalho, coordenado por investigadores como Carlos Manuel Lopes, Paulo Inglês e Nelson Pestana Bonavena, analisa as percepções dos cidadãos sobre eleições, participação política e governação no período pós-eleitoral de 2017. O volume I reúne análises narrativas e interpretações qualitativas, enquanto o volume II disponibiliza uma compilação estatística de mais de uma centena de tabelas.

Segundo os autores, os resultados revelam tensões entre o discurso de mudança e as expectativas reais da população, sobretudo no que respeita à confiança nas instituições, prioridades sociais e ritmo de concretização das promessas políticas. Os relatórios defendem a necessidade de estudos independentes como instrumentos de monitorização e debate académico sobre os desafios da democracia e da governação em Angola.

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