Fungo mortal pode curar cancro. Revela estudo
Cientista criaram um composto promissor contra o cancro, a partir de moléculas modificadas do fungo Aspergillus flavus, conhecido pelo seu alto grau de toxicidade.
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Na imagem: autora do estudo, Qiuyue Nie (à esquerda), e a coautora Maria Zotova, à direita, purificam fungos. |
Uma equipa da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas da Universidade da Pensilvânia isolou uma nova classe de moléculas produzidas pelo Aspergillus flavus, um fungo altamente tóxico encontrado em plantações e escavações arqueológicas. Modificadas em laboratório, estas moléculas deram origem a um composto capaz de combater células de leucemia, com desempenho semelhante ao de medicamentos já aprovados pela FDA (Food and Drugs Administration), Autoridade Reguladora de Medicamentos e Alimentação, em português.
A investigação focou-se em RiPPs – peptídeos sintetizados ribossomicamente e modificados pós-traducionalmente –, compostos conhecidos pela sua elevada bioactividade. Embora comuns em bactérias, os RiPPs são raros em fungos, tornando esta descoberta especialmente relevante. “Os fungos deram-nos a penicilina. Ainda há muito por descobrir”, afirmou Sherry Gao, autora sénior do estudo publicado na revista Nature Chemical Biology.
A equipa combinou análise genética e metabólica para identificar uma proteína presente no A. flavus como a origem dos RiPPs fúngicos. Esta abordagem inovadora poderá ser aplicada para descobrir novos compostos com potencial terapêutico em outras espécies de fungos.
Leia o estudo completo: https://penntoday.upenn.edu/news/penn-engineers-turn-toxic-fungus-anti-cancer-drug
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