Depois de reprovar mais de 500 cursos superiores, INAAREES inicia nova fase de avaliação em Angola
O Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior (INAAREES) anunciou, na passada terça-feira, o arranque da 4.ª fase do processo de Avaliação Externa da Qualidade do Ensino Superior, a decorrer entre 23 e 30 de Junho. Após reprovar mais de 500 cursos nas fases anteriores — o que incluiu também a suspensão de admissões de novos estudantes na Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto em 2023 — o foco recai agora sobre os cursos das áreas STEM: Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemáticas.Segundo o próprio Instituto, esta fase visa aferir a conformidade dos cursos com os padrões de qualidade definidos para o ensino superior, alinhando-os às exigências académicas e às necessidades do mercado de trabalho. As avaliações serão conduzidas por equipas externas, compostas por especialistas nacionais e internacionais, que irão analisar os programas curriculares, a qualificação do corpo docente, a infraestrutura das instituições e os resultados académicos alcançados.
A nova etapa sucede três fases anteriores de avaliação, cujos resultados revelaram deficiências estruturais em larga escala. De acordo com o Ministro do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Albano Vicente Lopes Ferreira, há um longo caminho a percorrer no que diz respeito à qualidade do ensino oferecido pelas instituições nacionais.
Na 1.ª fase, realizada em Outubro de 2023, foram avaliados 30 cursos das áreas de Medicina e outras Ciências da Saúde. Apenas 7 obtiveram acreditação condicional, enquanto 23 foram reprovados.
A 2.ª fase, decorrida de 11 a 14 de Junho de 2024, avaliou 118 cursos do mesmo domínio. Desses, 62 foram acreditados condicionalmente e 56 não alcançaram a acreditação. Três cursos foram avaliados posteriormente, em Outubro, por razões técnicas.
Já a 3.ª fase, realizada em Outubro de 2024, envolveu 287 cursos de graduação. Apenas 139 receberam acreditação condicional; os restantes 148 não foram acreditados, numa avaliação considerada “fraca e negativa” pelo Ministro.
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