HUAMBO: ASMA AFETA 7,7% DAS CRIANÇAS

    Revela Estudo

    O alarmante estudo expõe uma constante crise de saúde no Huambo: 7,7% das crianças em idade escolar sofrem de asma, 23,7% de rinite alérgica e 15,8% de eczema, revelando um cenário preocupante para a saúde pública. Publicado na Health Science Reports em 2025, o estudo foi conduzido pelo professor Elias José Gonçalves, do Instituto Superior Sol Nasceste do Huambo, com uma amostra de 1807 alunos entre 6 e 14 anos, entre abril e maio de 2022, utilizando a metodologia ISAAC.



    Os dados mostram uma interligação crítica entre as condições alérgicas: crianças com rinite alérgica têm quatro vezes mais risco de desenvolver asma, enquanto as que sofrem de eczema enfrentam um risco três vezes maior. O professor Gonçalves, que lidera pesquisas em saúde pública no Instituto Superior Sol Nasceste do Humano, enfatizou que esses números refletem a necessidade de maior atenção às doenças alérgicas em contextos de recursos limitados, como Huambo, onde fatores socioeconómicos e ambientais agravam a situação.

    A ausência de acompanhamento médico é outro ponto crítico identificado. Nenhuma das crianças diagnosticadas com asma recebia seguimento regular por um médico ou utilizava corticosteroides inalados, limitando-se a medicamentos de alívio em emergências. O estudo também revelou que o nível educacional mais elevado dos pais está associado a uma maior prevalência de asma e eczema, enquanto a rinite alérgica é mais comum em crianças mais velhas, sugerindo que factores sócio-económicos e etários influenciam directamente a manifestação destas condições.


     Para enfrentar este desafio, os autores, sob a liderança de Gonçalves e com o apoio do Instituto Superior Sol Nasceste do Humano, defendem a implementação de planos nacionais que melhorem o acesso a cuidados de saúde em Angola. A investigação sublinha que, sem intervenções urgentes, o fardo das doenças alérgicas continuará a crescer, afectando não só Huambo, mas outras regiões de países em desenvolvimento. Este estudo é um apelo à ação para políticas de saúde mais robustas e inclusivas.



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